O Gabinete Social de Atendimento à Família - GAF - é uma Instituição Particular de Solidariedade Social - IPSS - criada a 24 de maio de 1994 pela Ordem dos Padres Carmelitas de Viana do Castelo, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Família.
Foi criado com o objetivo de potenciar a "família" nas suas diferentes dimensões e proporcionar uma resposta global e integrada às problemáticas mais prementes e geradoras de exclusão. Adota uma estratégia de intervenção multidisciplinar, individualizada e multidimensional, pautando a sua ação/intervenção de modo a contribuir para a [re]inserção social e consequentemente a melhoria da qualidade de vida de grupos socialmente desinseridos e/ou economicamente desfavorecidos, numa tentativa de contrariar e minimizar o impacto de fatores geradores de exclusão, promovendo a igualdade de oportunidades.
Estas preocupações de intervenção social, patentes no objetivo que orientou a criação do GAF aliam-se, desde a sua génese, a um trabalho em parceria com diversas entidades que, direta ou indiretamente, prestam serviços de cariz social.
Desenvolver respostas sociais de qualidade, com um espírito humanista e solidário, que promovam os direitos, a qualidade de vida, a inclusão e a cidadania de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social e/ou económica.
Ser uma referência nacional no âmbito da intervenção social, pela inovação das suas práticas e pela qualidade dos serviços prestados às comunidades.
Os diferentes atores e agentes do universo GAF têm diversas formas de cumprir a Missão da Instituição, porque a realidade com que se deparam é heterogénea e complexa. Não há apenas uma forma de fazer bem as coisas, não há receitas que beneficiem igualmente todos os indivíduos com os quais intervimos. Assim, abraçamos a diversidade de opções e perspetivas, a flexibilidade perante múltiplas alternativas, a riqueza da experimentação de novas técnicas, a busca de novas estratégias.
No entanto, estaremos todos de acordo quando afirmamos que todas as atividades e comportamentos pessoais e organizativos, por mais heterogéneos que sejam, têm de contar com algo de fundamentalmente comum, uma orientação enraizada na cultura e história da Instituição que representamos.
As práticas e estratégias poderão ser diversas, mas apenas existe uma Missão, e um significado essencial de Missão. Esta consistência e complementaridade só é possível através da observação e manutenção de um sistema de Valores partilhado, que dê sentido e significado às nossas práticas. O GAF, fundado por intermédio de referências centrais à Mensagem cristã, pressupõe e revê-se em princípios éticos universais, traduzidos na seguinte matriz de Valores:
• Família - Concebemo-la como uma unidade estruturante da sociedade e o contexto mais significativo do desenvolvimento do ser humano. Tendo um desígnio educativo e formativo tão exigente, e uma responsabilidade crucial no equilíbrio psicossocial dos seus membros, o GAF pretende, por isso, potenciar a Família nas suas diferentes dimensões, promovendo a qualidade das experiências e das relações interpessoais aí vividas;
• Equidade - Proceder de forma justa e imparcial, atuando segundo princípios de neutralidade, não prejudicando nem beneficiando ninguém em função da sua ascendência, idade, sexo, orientação sexual, convicções políticas, ideológicas ou religiosas, nível sócio-económico ou condição de saúde e eliminando efeitos de preconceitos ou ideias pré-concebidas;
• Individualidade - A par da não discriminação, é essencial o respeito pelas características individuais e experiências de vida que definem cada pessoa e a distinguem dos demais;
• Autodeterminação - Respeitar, tanto quanto possível, as escolhas e decisões dos utentes é um fator essencial quer para o seu bem-estar físico e emocional, quer para a sua autonomização;
• Autonomia - Promoção e incentivo à autonomia dos utentes, encorajando tanto quanto possível, a sua independência e auto-suficiência;
• Confidencialidade - Preservar a integridade e privacidade dos utentes, assim como atuar com reserva e discrição no que respeita a informações pessoais de caráter sigiloso, não as divulgando ou utilizando em proveito pessoal e/ou de terceiros;
• Inovação - A antecipação de necessidades e problemas, assim como o surgimento de novos desafios e problemáticas, exige a constante evolução das práticas. Com efeito, fomenta-se a inovação através de um ambiente estimulador de impulsos criativos e de uma atitude empreendedora de todos os seus membros;
• Qualidade - Cultivar o rigor, eficiência e a transparência nas práticas, de forma a providenciar serviços personalizados e com qualidade, orientados para o cliente e para a sociedade.
A organização define, implemente e controla o seu compromisso relativo ao desenvolvimento da comunidade onde opera. Este compromisso abrange os domínios ambiental, económico, social e cultural e não visa obter benefícios diretos.
A organização define, implementa e controla o seu compromisso relativo a valores morais fundamentais, orientados para a prevenção de riscos desnecessários e organização das práticas que respeitem a privacidade, integridade, confidencialidade, rigor e justiça social.
A organização define, implementa e controla o seu compromisso com a satisfação das necessidades e expectativas legítimas dos clientes e de outras entidades interessadas. Para garantir a execução da política da qualidade, a organização deve controlar a conformidade dos processos. A gestão da qualidade deve melhorar a sustentabilidade da organização.
A organização define, implementa e controla o seu compromisso relativo ao recrutamento, seleção, formação e avaliação dos trabalhadores de modo a promover melhoria da sua qualificação e do seu desempenho e a garantir igualdade de oportunidades de formação, desempenho, promoção e remuneração.
Os Padres Carmelitas abriram, no passado dia 24, no respectivo Convento; em Viana do Castelo, um «Gabinete de Atendimento à Família» (GAF).
Trata-se, fundamentalmente, de um gabinete de atendimento humano e espiritual, com serviço de consultadoria e de orientação psicopedagógica orientação vocacional, que surge como forma de apoio humano e espiritual à problemática familiar, no contexto do Ano Internacional da Família.
De entre os principais objectivos do GAF salientamos o acolher as pessoas e famílias que manifestem necessidade e solicitem apoio humano e espiritual; oferecer oportunidade de formação às famílias sobre as mais variadas temáticas, a fim de prevenir rupturas e desequilíbrios e proporcionar um serviço de consultadoria psicológica, jurídica, social, espiritual através de uma equipa de técnicos qualificados.
Tal equipa é composta por Psicólogos, Juristas, Assistentes Sociais, Médicos, Casais, e Comunidades Religiosas. O GAF propõem-se, também, no futuro, entre outras coisas, elaborar um programa de Consulta Psicológica Vocacional em Grupo para jovens que estejam em situação de escolha, realizar um ciclo de conferências sobre problemática familiar, criar um Clube de Pais para convívio e reflexão e Publicar periodicamente um boletim informativo.
O «Gabinete de Apoio à Família», coordenado pelos Padres Carmelitas Descalços, funciona de terças a sábados das 10 às 12 horas e das 16 às 18, sendo os serviços prestados inteiramente gratuitos, com a garantia do maior sigilo em todas as utilizações dos mesmos serviços.
Jornal Noticias de Viana 26-05-1994(PDF | 4,87 MB)
P. Vasco Nuno Tavares da Costa (Presidente)
P. Nuno Pereira (Vice-Presidente)
Verónica Raquel Guimarães Parente (Secretária)
José Luís Carvalhido da Ponte (Vogal)
Sofia Alexandra Garcia Araújo Soares (Vogal)
Carlos Manuel Gonçalves (Director)
João Manuel Branco da Rocha Ferreira (Vice-Director)
Regina Maria da Cruz Bezerra (Tesoureira)
José Miguelote de Castro Monteiro (Secretário)
Fernando Alves Guerreiro (Vogal)
Joaquim Manuel da Costa Guerreiro (Presidente)
Benjamim Pereira Moreira (Secretário)
José Manuel Gemelgo Reis (Secretário)
Leandra Rodrigues
Cátia Cebolo (Comunidade de Inserção)
Sofia Filgueiras (Casa Abrigo)
Marisa Lamas (Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica)
Teresa Lopes (Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental)
Carina Parente (Centro de Aconselhamento Psicossocial HIV/SIDA)
Miguel Fernandes (Unidade de Apoio na Toxicodependência)
Renato Ribeiro (Serviços Socialmente Solidários)
Cláudia Marinho (Equipa de Rua Ir Mais)