08-02-2019 15:43
Segundo a Organização Mundial da Saúde, "droga" é toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), deprimindo-o, estimulando-o ou criando ruturas psicóticas, significando que não existem drogas leves ou pesadas.
O seu consumo é que poderá ser considerado leve ou pesado, avaliando a quantidade e a frequência com que a substância é consumida. Dando como exemplo o álcool, há pessoas que são dependentes do álcool, por isso não conseguem beber moderadamente, e existem outras que consomem o álcool ocasionalmente e que não são dependentes. Para as pessoas dependentes, o álcool é uma substância extremamente perigosa (“droga pesada”), enquanto para os outros indivíduos constitui uma substância relativamente inofensiva (“droga leve”).
As substâncias psicoativas podem ser categorizadas de acordo com os efeitos que provocam sobre o Sistema Nervoso Central:
- Substâncias depressoras: diminuem a atividade cerebral e podem dificultar o processamento de mensagens que são enviadas ao cérebro, como por exemplo, o álcool, a heroína e os barbitúricos.
- Substâncias estimulantes: produzem um aumento da atividade pulmonar, diminuem a sensação de fadiga e provocam o aumento do ritmo cardíaco, tais como, a cocaína, o ecstasy, as anfetaminas e tabaco.
- Substâncias perturbadoras/alucinogénias/psicadélicas: interferem na atividade mental, em que a principal característica é a despersonalização, já vez que a sua ingestão modifica as perceções da realidade, fazendo com que o cérebro funcione de forma desordenada, numa espécie de delírio (exemplo: cannabis, LSD, MDMA).
Esta separação entre leve e pesada conduz erradamente ao consumo de certas substâncias como se fossem menos perigosas. Considerar que substâncias «leves» são inocentes é uma crença errónea, pois todas as substâncias podem causar dependência psicológica.