25-10-2024 19:06

Sabia que é essencial os/as profissionais de apoio cuidarem da sua saúde mental?
A degradação da saúde mental entre os/as profissionais de apoio (onde se insere o setor social) é um fenômeno crescente e preocupante, especialmente em contextos de elevada exigência e recursos escassos. Trabalhadores/as sociais, psicólogos/as, assistentes sociais, auxiliares e outros que lidam diretamente com vulnerabilidades humanas enfrentam situações emocionalmente desafiadoras, como pobreza, violência, dependência química e problemas severos de saúde mental. Essa exposição constante pode gerar stress crónico, afetando a saúde mental e emocional desses profissionais.
Um dos principais problemas enfrentados é o “burnout”, que se manifesta por exaustão emocional, distanciamento afetivo e uma sensação de redução na realização pessoal. Esse estado é frequentemente provocado pela vivência constante de elevados níveis de stress e sobrecarga de trabalho, especialmente em muitas organizações que operam com recursos limitados. O desgaste emocional é intensificado pela necessidade de empatia ao lidar com histórias de vida traumáticas, levando à exaustão.
Além da necessidade de suporte institucional, é fundamental que os/as trabalhadores/as de apoio reconheçam a importância de práticas de autocuidado. Apesar das pressões externas, têm a responsabilidade de adotar estratégias que preservem a sua saúde mental, como alimentação saudável, atividade física e a definição de limites claros entre vida pessoal e profissional. Essas práticas são essenciais para minimizar os impactos do stress e manter o equilíbrio emocional. O autocuidado não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para que esses/as profissionais possam atuar de forma sustentável, garantindo que possam oferecer um suporte de qualidade àqueles que atendem.
Nesse contexto, é igualmente importante que as instituições sociais valorizem a implementação de boas práticas que considerem tanto o bem-estar dos profissionais quanto a eficácia do atendimento. Ao cuidar do bem-estar dos profissionais, garantimos uma melhor preparação para enfrentar os desafios da sua função, promovendo um atendimento mais eficaz e sensível às necessidades das famílias que assistem.
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A equipa do Núcleo de Atendimento a Vítimas (à semelhança das outras equipas técnicas do Gabinete de atendimento à Família - GAF), mantém esta preocupação, sendo o bem estar dos/as trabalhadores/as valorizado institucionalmente. Em particular quando se intervém diariamente na área da violência doméstica, o bem estar dos próprios profissionais de apoio começa a ficar em causa se não forem adotadas medidas preventivas. Este é mais um, entre tantos outros desafios que o GAF genericamente (e as equipas da área da violência doméstica em particular), enfrentam