Sabia que a a economia social, em Portugal, é responsável por mais de 6% do emprego remunerado a tempo completo?
10-05-2024 19:13

Sabia que... a economia social, em Portugal, é responsável por mais de 6% do emprego remunerado a tempo completo?
De acordo com a última Conta Satélite da Economia Social (2016), a economia social foi responsável, em Portugal, por 6,1% do emprego remunerado a tempo completo: o correspondente a 234.886 postos de trabalho. Mas os números são ainda mais impactantes se falarmos de PIB, com a economia social a ter um impacto de 8% e 7%, respetivamente, do PIB da União Europeia e do PIB Mundial.
Contudo, é importante perceber que o valor das mais de 70.000 entidades da economia social vai muito mais além do seu valor económico. Estas entidades (associações, cooperativas, fundações, misericórdias, mutualidades, etc.) têm sido a primeira linha de resposta para diversos problemas sociais, aos quais o 1º e 2º setores (público e privado) não respondem. As organizações do 3º Setor desempenham um papel transformador na sociedade portuguesa, contribuindo ativamente para o desenvolvimento sustentável e a promoção da coesão social. A sua atuação vai desde a resposta a necessidades básicas, como alimentação e habitação, até à promoção da inclusão social, educação e cultura.
O setor enfrenta, contudo, desafios que têm limitado o seu potencial. A escassez de recursos financeiros, a burocracia excessiva e a falta de reconhecimento pleno da sua importância são obstáculos que muitas organizações sociais em Portugal enfrentam diariamente.
Desde logo, a imagem que têm junto da maioria da população - de setor subsidiado pelo Estado que não gera qualquer riqueza. Mas a verdade é que, como vimos, tem um valor económico muito significativo, para além de toda a riqueza gerada para além da economia.
Por outro lado, não obstante o impacto na criação de emprego, o setor da economia social vive maioritariamente de trabalho precário sendo, por isso, fundamental a valorização do capital humano.
Finalmente, e a propósito de procedimentos, desafios jurídicos resultantes da circunstância de ser um setor fortemente regulado, levando a que os próprios profissionais do setor tenham dificuldades na interpretação e aplicação prática das normas que o regulam.
E foram estas as preocupações que, este ano, orientaram o desenho das 30 Jornadas do GAF, intituladas 3º setor - Na linha da frente...e depois? Nos dias 23 e 24 de maio teremos oportunidade de refletir acerca destas e de outras questões. Venha refletir conosco...
Para mais informações e inscrições www.gaf.pt/pt/jornadas/30