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Sabia que o Natal também pode ser uma altura emocionalmente difícil?

22-12-2023 20:59



Sabia que o Natal também pode ser uma altura emocionalmente difícil?

O Natal é uma época de festa apreciada por grande parte das pessoas. Representa alegria, tempo de qualidade em família e/ou com amigos, dias de férias, regressar a lugares que já habitámos e que são significativos para nós, partilhar alimentos à mesa e presentes. Muitas vezes, inclui também rituais que nos ajudam a reconhecer e a agradecer as coisas boas que temos na nossa vida.
Simultaneamente, o Natal também pode ser uma altura difícil do ano, que nos coloca sob uma pressão extra. Pode trazer-nos memórias de pessoas que perdemos ou de momentos importantes da nossa vida. E também nos pode provocar sentimentos de tristeza e zanga, ansiedade e sobrecarga, solidão e stresse, desilusão e frustração. Podemos experienciá-los, pela primeira vez, este ano ou pode ser algo que acontece em todas as épocas natalícias.
Alguns estudos indicam que, juntamente com sentimentos como a felicidade, o amor ou o bom-humor, mais de 60% das pessoas sente stresse e cansaço durante o Natal. É um período do ano agitado para a maior parte, uma vez que às exigências diárias do trabalho, das tarefas domésticas, dos filhos/as, se acrescenta a preocupação com comprar prendas (e o encargo financeiro que representam), cozinhar, fazer decorações, acolher familiares, etc.
Diversos motivos e situações podem tornar esta altura do ano emocionalmente difícil.

Para ajudar a lidar com isso, a Ordem dos Psicólogos recomenda seis estratégias:

1- Reconhecer e aceitar os nossos sentimentos. Mesmo quando o que sentimos parece ser diferente do que sentem as pessoas à nossa volta, os nossos sentimentos continuam a ser válidos e legítimos.

2- Priorizar o autocuidado. É importante pensarmos no que é melhor para o nosso bem-estar durante o Natal e sermos gentis e pacientes connosco próprios, colocando o autocuidado como tarefa prioritária.

3- Definir limites. Dizer ‘não’ a situações ou pedidos que nos façam sentir mal-estar ou desconforto.

4- Gerir relações. Se há pessoas com quem não queremos estar no Natal, mas não temos como evitar, podemos tentar pensar em formas de manter a distância e evitar conflitos. Se aquele familiar costuma provocar discussões, é provável que também o faça este Natal. Podemos tentar falar sobre temas neutros e envolver a família em atividades agradáveis.

5- Falar ajuda. Pode ajudar falar sobre o que estamos a sentir e comunicar como nos podem ajudar durante o período natalício (por exemplo, coisas que devem evitar dizer-nos ou comunicar que não queremos estar envolvidos em determinadas atividades.

6- Experimentar novas tradições. Se, por algum motivo, as tradições e rituais habituais, este ano, não são possíveis (por exemplo, porque não os conseguimos suportar financeiramente ou porque estamos a viver um luto), podemos experimentar novas tradições e rituais que se adaptem às nossas circunstâncias e necessidades atuais. Estas novas ideias podem aplicar-se só este ano ou tornarem-se parte do nosso Natal, no futuro.

Para os mais próximos das pessoas que não gostam ou não se sentem bem durante esta época do ano, a Ordem também deixa conselhos: escutar e aceitar sentimentos diferentes dos nossos; compreender que o Natal não tem o mesmo significado para todas as pessoas e pode trazer muitos sentimentos diferentes; comunicar que sabemos que o Natal também pode ser um período difícil e que estamos disponíveis para ajudar; assegurar à pessoa de que não está sozinha e que também é natural sentir stress ou sofrimento na altura do Natal e, por fim, tornar a quadra natalícia inclusiva. Por exemplo, se um cuidador tem responsabilidades durante o período de Natal, podemos tentar organizar atividades em função dos horários que tenha disponíveis.

Em situação de crise, ligue para o serviço de aconselhamento psicológico da linha SNS 24 (808 24 24 24)

Para além do artigo pode consultar mais informações no portal eu sinto.me:

• Natal e Saúde Psicológica - eu sinto.me 

• O Natal é uma altura difícil para si? Siga estes seis conselhos da Ordem dos Psicólogos - Novo




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